quarta-feira, 16 de novembro de 2011

nota introdutória ao quinto número da revista


Absoluta na sua tensão mais rudimentar, a escrita é a única forma directa de agredir o vazio. Um ritual. Viciada como mais nenhuma expressão artística na tua inteligência e imaginação.
Obsessiva e perversa: uma matemática que adora o erro; uma investigação que se envaidece com o caos e o desentendimento que produz.
Na pura rejeição de qualquer dieta estética ou formal, a criatura é movimento, espírito de uma época que ora se fascina ora se desilude e destrói para começar de novo. É vária. É um tremendo gozo colectivo e um horror.
Na escrita encontramos possivelmente a única medida real para a vida. Escreve.